De São Luís (MA) – Mais uma operação foi desencadeada pela Força-Tarefa Previdenciária (Polícia Federal, Previdência Social e Ministério Público Federal) nesta quinta-feira (7), desta vez no Maranhão. A Operação Asilo foi realizada nas cidades de São Luís e Barreirinhas. As investigações foram iniciadas em maio deste ano.
Análise em uma amostra de 183 benefícios revelou a utilização de documentação falsa para a concessão de benefícios, pensões por morte concedidas sem o devido registro de óbito no sistema de óbitos da Previdência Social, datas de óbitos divergentes das constantes dos benefícios e das registradas no sistema de óbitos da Previdência Social, benefícios concedidos com endereços no interior do Estado e transferidos no mesmo dia da concessão para os endereços dos criminosos, endereços registrados nos benefícios divergentes dos constantes no cadastro da Receita Federal, pensões por morte concedidas a cônjuges sem qualquer informação a respeito de certidões de casamento, abertura de contas-corrente em agências bancárias da capital em nome de pessoas residentes no interior, grande volume de benefícios com endereço residencial idêntico aos utilizados pela quadrilha, contratação suspeita de empréstimos consignados.
A concessão indevida dos benefícios investigados gerou um prejuízo de R$ 2.246.695,59 (dois milhões, duzentos e quarenta e seis mil, seiscentos e noventa e cinco reais e cinquenta e nove centavos) aos cofres públicos.
A quadrilha agia nos municípios maranhenses de Urbano Santos, Belágua, Tutóia, Itapecuru-Mirim e Barreirinhas e era formada por beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), “laranjas”, agenciadores de benefícios e promotores de crédito. Participaram da operação 30 policiais federais e dois técnicos deslocados pelo Ministério da Previdência Social. A Operação Asilo recebeu esse título em referência a um dos locais de arregimentação de pessoas utilizados pela quadrilha, que era frequentado assiduamente por idosos.
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(61) 2021.5113
ACS/MPS