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Aposentei-me, e agora?

Bernt Entschev

Hoje escrevo especialmente para uma classe muito importante. Aqueles que trabalharam e nos favoreceram (direta ou indiretamente) durante anos e mais anos, os aposentados. Afinal de contas, hoje falo para eles, mas pode servir amanhã para mim mesmo e para vocês que ainda são jovens. Aliás, APOSENTADORIA, essa palavra que muitas vezes parece distante de nossa realidade e rotina tão atribuladas, na verdade é o ponto de chegada da maioria dos brasileiros. Mesmo porque, quem nunca pensou no dia em que não precisará mais acordar cedo para trabalhar, ou que não necessitará esperar as férias chegarem para fazer as viagens que surgirem na “telha”?!
Porém, aposentadoria é alguma coisa muito mais complexa do que simplesmente pendurar as chuteiras, e muito mais simples do que um planejamento estratégico de carreira. Primeira reflexão que proponho para hoje é: o que você gostaria de fazer quando a lei permitir que você fique em casa descansando, sendo respaldado financeiramente? Sei que muitas pessoas responderão que vão fazer tudo que não puderam fazer durante toda a vida, por conta de falta de tempo. Mas as coisas não são tão simples assim.
Primeiramente digo que para fazer tudo que não fizemos durante toda a vida, precisamos estar bem estruturados financeiramente. Ou seja, há que se planejar para dar conta de se manter sozinho até o fim da vida, e ainda sobrar capital suficiente para realizar nossos sonhos (os possíveis de se comprar). Essa é a primeira questão e talvez a mais relevante, afinal, a maioria dos brasileiros acaba se tornando dependente de outras pessoas (filhos, parentes, amigos), quando chegam à terceira idade. Entretanto, este não é o modelo ideal, e tão pouco o que almeja a maioria deles.
Porém, não estou aqui hoje para falar sobre planejamento financeiro para aposentados. E sim, sobre plano de vida (profissional) para essa categoria. Muitas destas pessoas se sentem num profundo vazio quando se aposentam. Isso normalmente acontece por conta da vida atribulada que levaram durante tanto tempo, obedecendo a horários, correndo atrás de números, tentando atingir metas etc. De repente, veem-se numa apatia tão grande que nem mesmo sabem o que fazer com tanto tempo livre. Alguns se tornam depressivos, com uma sensação de inutilidade. Vez ou outra acham um refúgio em bebidas e jogos. Outros buscam algo prazeroso para fazer e, quem sabe, até transformam em algo rentável.
Outro dia, fazendo o plano de aposentadoria de um cliente, chegamos à conclusão que ele não pararia de trabalhar. Não, por enquanto. Ele estava no auge de sua carreira, presidindo uma importante organização e não achava justo parar quando, finalmente, alcançou seu principal objetivo de carreira. Estabeleceu mais um tempo em que se dedicará à empresa e, só depois, aposentar-se-á oficialmente. Mas também atendi casos de pessoas que preferem deixar de ser empregados, para se tornarem empresários, os patrões. Outros, ainda, dedicam-se a causas sociais, como voluntariado em hospitais. Alguns preferem colocar em prática habilidades não exploradas anteriormente.
Independente de qual a decisão de cada um, o importante é estar preparado psicologicamente para uma mudança brusca de rotina. E, principalmente, estar bem estruturado para encarar com tranquilidade a fase da vida em que deveríamos apenas colher os louros do que plantamos durante toda uma vida.
Exatamente por isso, o meu conselho de hoje é: aproveite enquanto você está ativo para definir o fim da sua vida. Até mesmo porque, para muitos, o que chamamos de terceira idade é, na verdade, a melhor época da vida, pois já possuímos experiência e vivência suficientes para sabermos o que é bom para nós mesmos. Para quem goza de boa saúde, é fundamental aproveitar esta etapa para, de fato, realizar todas as vontades que passou durante a vida. E, para isso, a saúde mental é tão importante quanto. E, convenhamos, para garantir esse bem-estar, é essencial que tudo na vida esteja na mais perfeita ordem.
Se você está próximo de se aposentar, procure alguém que possa lhe ajudar com um planejamento adequado. Isso garantirá o deleite de uma vida mais serena e transformará sua terceira idade em melhor idade.
Você já se aposentou e não se planejou? Siga as dicas:
Coloque no papel quais as coisas de que realmente gosta de fazer e verifique quais são viáveis e quais não são;
Verifique se sua renda como aposentado é suficiente para lhe manter de agora pra frente. Caso não seja, imagine de que forma você poderia incrementar a renda, tornando-a suficiente para tal;
Dispense um tempo para realizar seus hobbies. É fundamental que agora você reserve mais tempo para si mesmo e para se dedicar a sua família;
Estabeleça metas, afinal, mesmo não trabalhando (se esta foi a sua opção) as metas fazem com que sempre estejamos desempenhando atividades, sejam elas de que natureza for;
Viva intensamente e aproveite, ainda mais, cada momento da sua vida.
Saudações
Bernt Entschev
Headhunter e Presidente da De Bernt Entschev Human Capital.

Para reflexão: Preparar as pessoas para a aposentadoria também é sustentabilidade. Mais informações no site www.desaposentado.com.br

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