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Veja as diferenças entre os planos de previdência privada PGBL e VGBL

O quadro “No fim das contas” desta segunda-feira (15) explica a diferença entre os planos de previdência privada oferecidos pelos bancos – o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

Além de ser um plano de aposentadoria, a principal característica do PGBL é poder deduzir o valor de todos os depósitos feitos ao longo do ano, quando for fazer a declaração completa da sua renda, até o limite de 12% da renda bruta anual. Não significa deixar de pagar o Imposto de Renda, apenas adiar o pagamento para o dia do resgate.

No caso do VGBL, não dá para deduzir o Imposto de Renda. Ele é só para declaração simplificada e a diferença mais importante é que no VGBL, o contratante vai pagar o Imposto de Renda na hora do resgate só sobre o rendimento, e não sobre o valor total investido.

O ideal é que o cliente peça ao gerente do banco que faça uma simulação com as duas modalidades para que possa decidir qual é a melhor opção para ele.

Como investimento, o PGBL não é a melhor opção. Foi o que o defensor público Ramiro Sant’Ana descobriu quando precisou pegar o dinheiro numa hora de aperto.

“Eu avaliei e planejei o PGBL com duas intenções: a primeira, aliviar imediatamente o Imposto de Renda. E nisso ele foi excelente. E a segunda é utilizar como um investimento. O PGBL, ele te dá uma vantagem imediata, que é esse abatimento, só que, claro, ele cobra a fatura lá na frente. Se você for retirar o dinheiro, o imposto é cobrado. Só que quanto mais tempo você ficar no plano, menor é essa taxa.”


Sant’Ana disse que reavaliou o investimento após passar por uma dificuldade financeira e consultar um especialista em finanças pessoais. “Apertou muito o orçamento e aí eu percebi a necessidade de me planejar, foi quando eu contratei o serviço de um planejador financeiro, uma consultoria financeira.

“Ele mostrou, olha, para investimento, não é bom. Se você tiver fazendo esse plano pra aposentar, tudo bem. Agora, para investimento não é. E fez as contas comigo. E de fato, me provou, por A mais B, que não era.

“Eu via que tinha meses que era negativo o rendimento, né? Então, mesmo eu, sem ter muito conhecimento dessa área, comecei a me questionar se era realmente a melhor forma da gente, investir o nosso dinheiro. Uma parte desse investimento era em renda variável. Então, tinha meses que a gente tinha saldo negativo.”

Renda variável significa que o dinheiro do casal estava investido também em ações. E as ações sobem e descem, por isso que o rendimento ficou negativo.

A partir daí, o defensor mudou de estratégia. “Eu interrompi. Eu não me desfiz [do plano]. Eu mantive o que está investido lá. Estou esperando passar mais um tempo para retirar o dinheiro com um desconto menor”, disse.

O consultor financeiro Leonardo Gomes, da Life Finanças Pessoais, disse que o plano de previdência privada podia ser bom para complementar a aposentadoria do INSS no longo prazo, mais de dez anos, mas não era bom como investimento, por causa do Imposto de Renda cobrado sobre tudo que ele tivesse investido.

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) é responsável por fiscalizar esses planos de previdência e tem respostas para as perguntas e dúvidas mais frequentes.

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