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Paulo Guedes vê 'problema de comunicação' na articulação para reforma da Previdência

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (25) que há “problema de comunicação” na articulação para a aprovação da reforma da Previdência.

Paulo Guedes deu a declaração ao participar de um encontro com prefeitos em Brasília e não fez referência a um caso específico.

Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passaram a manifestar publicamente divergências sobre a quem cabe a articulação.

Para Rodrigo Maia, o governo não pode “terceirizar” a articulação, enquanto Bolsonaro diz que a responsabilidade sobre a aprovação da reforma é do Congresso.

“Está havendo um natural problema de comunicação, mas todos nós sabemos que as principais lideranças sabem o tamanho do desafio. Sabem a responsabilidade do que têm que fazer. Nominalmente, o presidente Bolsonaro sabe que a reforma da Previdência é uma reforma difícil, mas que vai libertar as futuras gerações”, afirmou Guedes nesta segunda.

Segundo noticiou o site do jornal “O Globo”, Rodrigo Maia decidiu deixar a articulação da reforma da Previdência por ter ficado insatisfeito com críticas feitas a ele pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.

A “O Globo”, Maia disse que “daqui para frente” a responsabilidade da articulação passou a ser do governo. Ao comentar o assunto, durante uma viagem ao Chile, Bolsonaro disse na última sexta (22) que não deu motivo para Rodrigo Maia agir assim.

De acordo com o colunista do G1 e da GloboNews Valdo Cruz, Bolsonaro disse nesta segunda (25) a um grupo de ministros que o momento é de “foco na pacificação e na Previdência”.

‘Rosto colado’
Ao discursar no encontro com prefeitos e defender a aprovação da reforma, Paulo Guedes ainda afirmou que os eventuais problemas de comunicação entre as principais lideranças políticas vão ser superados.

Acrescentou, em seguida, ser natural o presidente Jair Bolsonaro não querer “dançar de rosto colado”.

“As principais lideranças políticas vão superar eventuais problemas de comunicação. É natural um presidente que está chegando falar: ‘Espera aí, eu não quero dançar de rosto colado, não, porque está uma confusão danada ai dentro’. Aí, o par que tem que dançar com ele e falar: ‘Tudo bem, mas pelo menos dançar comigo você tem. Pode não colar o rosto, mas tem que dançar’. Nós vamos ter que conversar sobre isso”, declarou o ministro.

Reforma da Previdência
Considerada prioritária pela equipe econômica, a reforma da Previdência muda as regras de aposentadoria para trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público. O governo também enviou ao Congresso um projeto que trata dos militares.

Ao defender a reforma, Paulo Guedes disse que a proposta ajuda as finanças da União, de estados e de municípios e pediu empenho aos presentes. O ministro ainda disse que acredita que a reforma será aprovada.

“Na hora de botar o votinho para a reforma da Previdência, eu acredito que teremos a reforma aprovada”, afirmou.

Aos prefeitos, Guedes também afirma que espera que a reforma esteja resolvida em três ou quatro meses. “Eu acho que daqui a três, quatro meses isso esteja resolvido e vocês podem ir pra próxima eleição no ano que vem com um ano de coisas boas pra dizer, coisas interessantes, independente de partido”. E afirmou que a aprovação beneficiará a classe política. “Vai todo mundo se beneficiar como classe política. Ao contrário de hoje, em que a classe política está sob o crivo da opinião pública. Como se não fosse uma atividade extraordinariamente importante”.

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