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Plano prevê elevação da idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos.

Com greves, franceses desafiam novamente reforma da previdência.

Enquanto a reforma impopular chega mais perto de tornar-se lei. Trens, aeroportos e portos marítimos funcionaram abaixo de sua capacidade normal, com os sindicatos levando adiante a batalha contra o plano que prevê a elevação da idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos.

A ação nacional, que deve ganhar o reforço de marchas de protesto ao longo do dia, é o teste mais recente da liderança de Sarkozy em relação às reformas, que visam reduzir o déficit crescente da previdência e manter a cobiçada classificação de crédito AAA da França. As greves parciais reduziram os voos partindo dos aeroportos de Orly e Charles de Gaulle-Roissy, em Paris, em entre metade e um terço.

Um em cada três trens de alta velocidade TGV estava funcionando, embora os serviços internacionais tenham operado com frequência maior, e o metrô de Paris funcionou com trens limitados. Famílias e estudantes das universidades e escolas secundárias saíram as ruas em marchas de protesto. Muitos se reuniram diante de escolas, e cerca de 300 faculdades ficaram fechadas. “São os jovens que serão os mais afetados, porque não vão conseguir empregos,” disse uma estudante.

A reforma previdenciária de Sarkozy está se tornando uma das maiores batalhas de sua presidência, colocando-o contra os sindicatos, que já haviam sufocado uma tentativa anterior de reforma previdenciária em 1995. Na segunda-feira o Senado aprovou a elevação de 65 anos para 67 da idade na qual as pessoas podem aposentar-se com aposentadoria plena. A elevação da idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos já tinha sido aprovada pela casa.

Sarkozy quer que a legislação seja aprovada até o final de outubro e está apostando no enfraquecimento do movimento grevista, especialmente entre os trabalhadores que não recebem quando estão em greve. Mas líderes sindicais prometeram manter a pressão, com o quarto protesto em pouco mais de um mês.

Jean-Claude Mailly, presidente da confederação sindical mais radical Force Ouvrière, disse a repórteres: “A greve de hoje terá mais manifestantes que as três anteriores,” prevendo a presença de mais de 3 milhões de manifestantes. O governo estimou em pouco menos de 1 milhão os manifestantes que participaram de protestos anteriores. A estimativa dos sindicatos foi de 2,9 milhões de pessoas.

Os sindicatos franceses marcaram outro dia de protestos para 16 de outubro e vão se reunir na quarta-feira para rever sua posição. Estão previstos cortes limitados de eletricidade em prédios públicos, graças à greve dos trabalhadores do setor energético.

Na semana passada Sarkozy fez uma pequena concessão na reforma a mulheres de meia-idade que deixaram de trabalhar para criar seus filhos, mas disse que não vai recuar em relação aos pontos chaves da lei. No sul da França, a greve nos portos chegou ao 16 dia, com trabalhadores denunciando mudanças nas operações nas docas, além da reforma da previdência, e obrigando uma grande refinaria a fechar parcialmente suas operações.

Plano prevê elevação da idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos.
Plano prevê elevação da idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos.

 Foto: Reuters 

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