Por partidos, os deputados da base do governo e do centrão são mais favoráveis a discutir o texto agora: 89,3% da base e 83,9% do centrão. Na oposição só 37,7% apoiam. Entre regiões, parlamentares da região Sul foram aos mais favoráveis, com 80,7% de apoio à tramitação neste momento.
Para ser aprovada, depois de toda a tramitação em comissões, a reforma apresentada pelo governo nesta quarta-feira (20) precisa do voto de 308 deputados, ou 60% dos parlamentares (a parte que precisa de alteração constitucional, caso da reforma que atinge a maior parte dos brasileiros, no regime geral da Previdência).
O levantamento também detectou que a maior parte dos deputados defende regras iguais de aposentadoria para trabalhadores privados e servidores públicos, militares e integrantes do Judiciário. Em relação às mulheres, no entanto, a maioria defende que a idade mínima seja menor que a do homem. Na proposta do governo, a idade mínima da mulher será de 62 anos e do homem de 65 anos. 71,4% dos entrevistados se disseram contrários à aposentadoria da mulher aos 65 anos.
Quanto às categorias, 61% defenderam um sistema único de aposentadoria para todos os trabalhadores brasileiros, de setor público, militar ou privado. Ao serem questionados se apoiavam a inclusão dos militares na reforma, 83% foram favoráveis. Para servidores públicos o apoio é de 89% e para o Judiciário 91%.
Já em relação à regra de transição, 64,8% disseram que trabalhadores na ativa devem ser afetados de acordo com o que falta para se aposentar. 21% disseram que trabalhadores da ativa não deveriam ser afetados, o que levaria a proposta apenas aos que ainda não ingressaram no mercado de trabalho. A proposta apresentada pelo governo Bolsonaro prevê uma regra de transição para quem já está no mercado de trabalho hoje.
A pesquisa foi feita entre os dias 11 e 14 de fevereiro. A amostra foi ponderada conforme a distribuição das cadeiras por partido e por regiões na Câmara dos Deputados.